Ouro De Tolo
Esse ano foi pauleira heim
(Pausa pros risos - qual foi o último ano que foi fácil?)
Mas ainda assim insisto: esse ano foi uma merda. Só não digo que foi o pior de todos pq 2019 e 2020 tão aí muito frescos pra eu ignorar. Mas foi difícil demais.
Hoje eu me peguei chorando na faculdade porque percebi que eu sou burra e não entendi nada e vou reprovar feio matemática básica. Isso às 10 da manhã.
Lá pras 19 me observei chorando no trânsito porque chovia imensamente e eu estava na rua desde as 6:30 e ainda faltava pelo menos uma hora e meia de trânsito.
Esse segundo choro foi pior pois eu permiti que minha mente devaneasse livremente, e foi juntando a sucessão de merda que tem me acontecido.
Quando espiei eu vi que tudo que eu achava tão angustiante aos 32 era na verdade um amontoado de conforto e tranquilidade. Porém peça após peça eu fui retirando do meu alcance, até me restar apenas o vazio.
Um casamento monótono? Pois separe. Separe e veja ele arranjar alguém melhor em 5 minutos e seguir construindo uma vida, viajando pra Europa e tendo imóvel próprio na zona sul.
Uma insegurança com o resultado da bariátrica? Pois observe todos os quilos voltarem pra te acompanhar até a morte, agora acrescido de cabelos brancos, manchas de pele e uma dor de estômago que exige vários comprimidos diariamente. E não esquece das dores nas costas, leva de brinde.
Uma insatisfação profissional latente? HOLD MY BEER e fique desempregada pra descobrir que você tem zero valor pra sociedade, seus conhecimentos rasos não servem pra ninguém e o dinheiro parar de entrar até a falência.
Se eu pudesse voltar no tempo eu só não mudaria o divórcio pq eu sei que o ex tá muito mais feliz agora. E seria injusto interferir. Mas eu teria outra visão do que a vida me oferecia. Ela me deu TUDO. E eu não soube valorizar. Precisei perder tudo pra entender. Mas agora é tarde demais. Eu posso reconstruir uma vida aos 40, ou desistir e assistir esse show até as luzes se apagarem.
Não sei se sou capaz de me reinventar. Chuto que não. Porém fica aquela dúvida de sempre “é resiliência ou é teimosia?”
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