Poema
Cresci tendo um terror profundo às noites de domingo. Era um momento de ansiedade , desprazer. Mal começavam as pegadinhas do Faustão eu sentia o coração acelerar. Mamãe dizia que ela tinha me ensinado esse comportamento, sem querer (mas se responsabilizava). Eu mesma levei uns 30 anos pra compreender que isso significava que ela detestava o trabalho. Mas eu saí de casa cedo, casei tão feliz. E odiando domingos à noite. A cada ano que passava era pior, até ficar completamente insuportável. E aí um dia eu pensei “claro, eu odeio esse trabalho”. Desse dia até eu efetivamente assinar a demissão se passaram alguns anos. Anos de domingos sombrios. Pedir demissão foi tão melhor do que eu planejei que fica até difícil explicar. Mas eu voltei a esse blog essencialmente pra falar disso, um dia de cada vez. O estar livre das segundas de trabalho foi a parte mais imediatamente surpreendente. Infelizmente, e eu não consigo compreender por que, os domingos voltaram a ser dolorosos. Piorou com a se