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Mostrando postagens de 2023

Where Is My Mind

Eu fiz 40 e parou de doer.  Médio, ainda dói quando eu penso no fracasso da vida. Nas manchas do rosto. Nas linhas do pescoço. Ainda dói quando eu penso que não sou mais (tão) jovem. Mas o pior passou sim.  Eu devia comentar que passei direto nas 4 disciplinas que resolvi encarar da faculdade. Talvez eu tivesse passado nas 7, se tivesse tentado um pouquinho. Mas enfim, fracasso não senti nessa parte.  Poderia citar que meu filho simplesmente arrasou no ano letivo e se destacou com medalhas e prêmios. Ele é tão incrível que parece piada.  Talvez seja difícil manter o bom humor com uma sogra que veio de surpresa passar um número indeterminado de dias (ou semanas). Além disso eu continuo engordando. A cada 20 dias uma crise de herpes pra irritar a vida. Meu pai cada dia mais carente e maluco. Um marido que faz merda atrás de merda, intervalos enlouquecedores no meio de muito esforço e amor, reconheço.  Todo oráculo que eu consulto prometo que vai ser o último. Mas é tanto medo e dúvida qu

Ouro De Tolo

Esse ano foi pauleira heim  (Pausa pros risos - qual foi o último ano que foi fácil?) Mas ainda assim insisto: esse ano foi uma merda. Só não digo que foi o pior de todos pq 2019 e 2020 tão aí muito frescos pra eu ignorar. Mas foi difícil demais. Hoje eu me peguei chorando na faculdade porque percebi que eu sou burra e não entendi nada e vou reprovar feio matemática básica. Isso às 10 da manhã.  Lá pras 19 me observei chorando no trânsito porque chovia imensamente e eu estava na rua desde as 6:30 e ainda faltava pelo menos uma hora e meia de trânsito.  Esse segundo choro foi pior pois eu permiti que minha mente devaneasse livremente, e foi juntando a sucessão de merda que tem me acontecido.  Quando espiei eu vi que tudo que eu achava tão angustiante aos 32 era na verdade um amontoado de conforto e tranquilidade. Porém peça após peça eu fui retirando do meu alcance, até me restar apenas o vazio.  Um casamento monótono? Pois separe. Separe e veja ele arranjar alguém melhor em 5 minutos e

Zé Ninguém

A velha e boa sensação que todo mundo é feliz, tudo dá certo, as pessoas não tem problemas. As pessoas tem seus trabalhos, amores, amigos, dinheiro, vida social, corpos adequados, fé, família e sonhos. Conseguem contornar as asperezas da vida sem grandes dúvidas. Tomam decisões, se comprometem, conquistam, vencem, gozam.  A nítida impressão que todo mundo da conta, aprende, muda, evolui, flerta, acerta. Sim é isso. A percepção que cada pé cansado encontrou não só sua pantufa mas se equilibra em saltos finos e sedutores, corre com tênis amortecedores, desfila por areias brancas e fofas sob o calor de um dia sem nuvens.  O medo de que só eu esteja perdida, insegura, sempre falhando e perdendo. Só eu desisto, tropeço, erro. As pessoas me parecem tão SEGURAS.  O maior problema não é cair do abismo. É não saber quando que a queda começou. Pior: é achar que ninguém nem viu, não perceberam pq vc sequer existe de verdade. Medíocre, desimportante, um fantasma ocupando espaço e oxigênio.  Eu tod

Sei Lá (A Vida Tem Sempre Razão)

Hoje soube que meu tio avô mais novo morreu  sem aviso sem despedidas sem motivo maior. Ninguém lembrou de me contar quando aconteceu, não tive a escolha de ir no enterro. Não que eu goste de ir. Ano passado ele fez uma festa de 80 anos e eu fui chamada (não por iniciativa dele, eu sou desimportante). E desde antes disso ele vinha dizendo todas as vezes que eu o vi que a vida tinha perdido a razão. Repetia que já tinha vivido muito, que não fazia mais questão. Eu ficava pensando…. Quando minha mãe fez 60 anos ela entrou nessa viagem aí, que a vida já era. Eu tentei argumentar que a vida podia ser boa de novas formas, não com o vigor da juventude mas cheia de prazeres. Uma boa massa, um excelente vinho. Assistir o por do sol. Ver filmes, encontrar amigos, construir experiências. Mas ela estava deprimida. E aos 62 descobriu um câncer terminal. E morreu, e nunca mais a vida foi a mesma. Meu tio avô vinha desanimado… e ele parecia saudável. Casado com uma grande jararaca, nunca teve corage

Ando Meio Desligado

 Fazer 40 anos me trouxe uma tormenta emocional que olha, não recomendo. Estou com muita esperança de finalmente aceitar a realidade e parar com todo o drama.  A vida nos últimos 5 ou 7 anos não caminhou de forma previsível. Eu fiz tantos planos em diferentes áreas da vida e é impressionante como NADA deu certo. Eu não gosto de fazer a vítima repetitiva mas desde o divórcio-barra-mamãe doente a vida parece uma panela de água esquentando aos poucos e eu um sapo dentro dela. Só que agora já ferveu, eu já cozinhei e não tem como ressuscitar. Isso que eu não gosto de drama imagina se gostasse kkkkkkkk Eu juro que tento ficar nas coisas boas da vida Ser mãe de Antônio é provavelmente a melhor parte de tudo, ele está absolutamente sensacional e perfeito. Ser mulher de Thiago traz uma baciada de frustrações e olhos revirando porém é de longe - mas bota longe - a pessoa que mais cuidou de mim. Ele acorda cedo pra lavar a louça do jantar, quando eu tô em casa ainda me traz café na cama. Faz mas

I Don't Wanna Miss a Thing

 Fins de semana sem crianças é meu momento de “tá tudo bem”. E não me levem a mal, eu realmente acredito que crianças devem sempre ser prioridade. Não pediram pra nascer nem viver essa vida comigo, então eu me esforço sobremaneira para que seja sempre minimamente ok. Com frequência eu planejo todos os passeios, viagens, refeições e etc pra agradar as crianças. Aí 2X por mês eu tenho fins de semana sem crianças. E me farto. É happy, é samba, é dormir pra caralho, é encher a cara. Namorar um bocado. Passar maquiagem e sair. Ou aproveitar pra faxinar. Bom, não são só alegrias né. Sei que é quase 2 da manhã de um sábado e eu tive 24 horas (ok umas 30) de liberdade. Daí não me deito, quero prolongar essa satisfação. A vida tá perfeita? Não. Mas o dia tá então dormir gasta horas demais. Amanhã tenho uma big faxina. Segunda as crianças voltam e terei uma semana de dedicação. Aí eu durmo, pra sobreviver.  I don't want to close my eyes I don't want to fall asleep 'Cause I'd miss

Já é

 Relóu gente bonita da internet (barulho de grilos)  Não sei se comentei, provavelmente comentei 47 vezes mas e daí, em outubro de 2023 eu completo 40 anos. Grandes merda mas estou sofrendo e não tem descido bem. Nem é sobre eu estar imensa de gorda, nem sobre o cabelo branco como uma vovó. Talvez seja um pouco sobre o colágeno se esvaindo e me deixando macia como um pudim mal cozido. Eu tenho quase certeza que essas manchas no rosto são parte determinante do problema mas não só. A questão de fundo é que eu vou fazer 40 sendo uma grandíssima fracassada. Que não construiu nada por si só e estou rapidamente me direcionando pra pobreza e pro desespero. Deixa pra lá. Ano passado eu estava já em crise, principalmente por causa do isolamento continuo que a pandemia trouxe. Tinha feito uma pá de cursos on-line e queria muito fazer um curso presencial. Mas não tinha (nenhum q eu pudesse pagar, pelo menos). Aí eu me inscrevi no enem. E fiz. E meu casamento ruiu e eu deixei pra lá. Depois que eu

Just Like Heaven

Nunca fui uma grande dorminhoca, sempre achei q minha necessidade de dormir era naturalmente menor que dos outros. Me parecia algo tão INÚTIL dormir, que francamente me irritava até. Dormir só o mínimo suficiente para ser funcional e não surtar. Deitar tarde, levantar cedo, zero prazer envolvido. Provavelmente uma pitada de trauma infantil de quando meu pai me acordava batendo palmas secas na porta do quarto as 5:30 e dizendo todas as vezes “estamos atrasados”. Com o nascimento do filho as coisas começaram a mudar. Já que ele era um bebê que também tinha muito menos necessidade de sono que outros bebês, praticamente não cochilava durante o dia. De noite dormia tarde, e acordava a cada 40 minutos por muitos meses. Virei um zumbi, sem dormir. E aprendi a adormecer com rapidez para sobreviver aquela realidade. O pai dele nunca, nem uma só noite, acordou de madrugada. Nunca atrapalhou a vida dele. Mas meio que destruiu a minha vida. Claro que passou, e eu sobrevivi. Saí dessa fase sabendo

A Queda

Estou tendo um dia horroroso (9:30 da manhã de um sábado e eu falando em ter um “dia” ruim já perceberam o nível do problema) e não aguento mais atormentar humanos com essa minha vontade de berrar e chorar. Aí lembrei daqui Vamos resumir pra contextualizar né. Eu me mudei. Pra recomeçar um casamento que tem seus problemas e muitas coisas boas (no momento não lembro quais porém é o momento de pânico). É a sétima mudança desde que saí da casa dos meus pais, em novembro de 2005. 8 casas em 18 anos ou 2 anos em média em cada 🤡 Mudança mexe com o meu psicológico, o caos envolvido me tira do sério. Mas essa tá pior q a média. Simplesmente não cabe a quantidade de coisas. E ninguém ajudou um milímetro, olhar pra tudo isso e pensar que depende só de mim me estressa. Estou afundando no pânico. No medo. No arrependimento de ter mexido com esse vespeiro.  Mas eu ia ter q me mudar. O dinheiro tava difícil de equalizar. E eu amo esse homem, ou pelo menos eu acho q amo. Hoje sinceramente não sei. 

Quero Que Vá Tudo Pro Inferno

Meu pai não cansa de me surpreender. Ou não. Qualquer pessoa q me conheça há mais de 2 semanas sabe que eu sou muito a branca com daddy issues. Nunca neguei, pelo contrário. Dizem por aí na boca miúda que eu e meu pai tínhamos uma relação perfeita, um mix das propagandas da Doriana com o Boticário. Enquanto eu era criança. Aí na adolescência degringolou. Na minha versão eu sempre tive questões de relacionamento com ele, desde aquele dia específico que com uns 8 anos eu juntei lé com cré e percebi que ele bebia demais. Ironicamente nossos problemas de relacionamento coletivamente reconhecidos começou quando ele entrou no AA pela primeira vez (de muitas vezes)  Não vou hoje perpassar 40 anos de história, nem teria como! Eu tenho questões problemáticas não resolvidas com meu pai - grandes merdas inclusive  Vamos focar na última merda. Meu pai sempre foi um fodido, tirando curtas janelas. E sempre foi muito ressentido por não ser rico (eu juro q entendo!). Mas hoje assim ele tá com uma vid

Black Hole Sun

As vezes eu fico pensando se eu sou uma grande neurótica sem solução ou se apenas não quero enxergar com clareza o que eu acho que vejo a vida toda.   Desde que virei gente eu tenho essa preocupação, supostamente excessiva, de que ninguém gosta de mim e não pertenço a lugar nenhum. Uma angustia que preencheu dias e muitas noites. Se eu sumir, alguém vai ao menos perceber? Alguém vai sentir falta de quem eu sou? Alguém vai sofrer?  Passei 15 anos apaixonada e acreditando que eu poderia ser substituída pela primeira mulher que passasse. Um drama. Até que aconteceu, eu pedi a separação e a primeira mulher que cruzou o caminho dele ocupou o espaço de grande amor da vida. Talvez uma coincidência. Talvez o destino. Talvez o problema nem seja eu nessa história. Mas e se for? E se eu simplesmente tinha razão e realmente tinha zero valor, permitindo que qualquer pessoa minimamente razoável ocupasse meu espaço sem grandes questões? Não tem um dia que eu duvide que o problema era eu mesmo.  Da me

Primeiros Erros

Eu acho muito engraçado que passei valiosos anos da minha vida bradando do alto do meu orgulho doentio que eu não precisava ser rica, que escolher a profissão baseado em altos salários era estúpido e que o importante era “ser feliz”  Corta pra todo mundo levando suas vidinhas com viagens pra Europa e tendo uma coleção de óculos escuros, sobrancelha de design e aparelhos dentários transparentes enquanto eu tô aqui beirando os 40 e desempregada sem renda me preparando pra uma falência que vem a galope. Muito bem, Patricia PARABÉNS por ter sido uma burra imbecil e agora estar velha e fracassada - fez por merecer! Normalmente eu tento ser uma pessoa otimista mas a cada ano que passa isso se torna mais difícil. Ando desesperançosa e diria até meio desesperada pq a única coisa capaz de me trazer paz de volta é DINHEIRO dindin la plata money vem de pix bebê  e etc Como diabos uma pessoa sem talentos e cujos conhecimentos adquiridos tez zero valor monetário pode se reinventar e começar do nada

Poema

Cresci tendo um terror profundo às noites de domingo. Era um momento de ansiedade , desprazer. Mal começavam as pegadinhas do Faustão eu sentia o coração acelerar. Mamãe dizia que ela tinha me ensinado esse comportamento, sem querer (mas se responsabilizava). Eu mesma levei uns 30 anos pra compreender que isso significava que ela detestava o trabalho. Mas eu saí de casa cedo, casei tão feliz. E odiando domingos à noite. A cada ano que passava era pior, até ficar completamente insuportável. E aí um dia eu pensei “claro, eu odeio esse trabalho”. Desse dia até eu efetivamente assinar a demissão se passaram alguns anos. Anos de domingos sombrios.  Pedir demissão foi tão melhor do que eu planejei que fica até difícil explicar. Mas eu voltei a esse blog essencialmente pra falar disso, um dia de cada vez. O estar livre das segundas de trabalho foi a parte mais imediatamente surpreendente. Infelizmente, e eu não consigo compreender por que, os domingos voltaram a ser dolorosos. Piorou com a se

Hallelujah

Se tem uma parada que me irrita é gente maluca e fanática, geralmente crente, que solta a frase “eu sei que você não acredita em Deus mas…” EU SOU CRISTÃ, CARALHO Mas pra esses doentes (medicados porém não a contento) uma pessoa que “acredita em Deus” precisa 1) frequentar alguma igreja; 2) tratar todos os outros como pecadores sócios do Belzebu. Definitivamente não é como eu enxergo as coisas. Desde bem moça eu tenho essa impressão que se eu escolhesse e seguisse uma religião tudo seria bem mais fácil  mas eu nunca me encaixei - CEJURA, MONA? De uns tempos pra cá, considerando a sucessão de acontecimentos fortuitos (pq não nomear do jeito certo UMA PORRA DE UMA MARÉ DE AZAR DO CARALHO) eu tenho pensado seriamente se isso tudo não é um castigo de Deus por eu ter feito tantos planos tendo por base premissas minimamente questionáveis do ponto de vista da moralidade. Sim eu sou uma pessoa com propósitos éticos nem fortalecidos, mas esse limiar da moralidade pequeno burguesa cristã definit

A Estrada

Não é que eu goste de parecer amarga. Eu simplesmente sei que sou. Minha última analista (a antes da atual) um belo dia olhou pra mim rindo e disse “isso é recalque” e eu fiquei ofendida uns 2 dias até descobrir que existia o conceito freudiano de recalque. E ela tinha razão, inclusive se vc procurar numa enciclopédia vai estar assim mesmo com minha fotinho do lado “ uma experiência traumática ou uma percepção que o ego resiste em aceitar para si é reprimida para o inconsciente, sem que o sujeito tenha clareza de que houve esta repressão” No caso claro que estamos falando da parte da percepção, eu não tenho um histórico traumático de verdade.  Mas independente da não existência de traumas propriamente ditos a questão é que de alguma forma viver tudo que eu vivi, na ordem que eu vivi, e sendo eu quem eu sou, fez com que eu acumulasse comprimidos de amargura. E eu me vi tomando pela manhã há tanto tempo que ficou assim mesmo.  Já diria a grande filósofa da contemporaneidade, Márcia Sensi

Eu nasci há dez mil anos atrás

 Embora a gente saiba perfeitamente que daqui 3 dias vou esquecer desse espaço, até lá podemos tentar retomar o fio da meada.  Da última vez que dei notícias meu filho tinha acabado de fazer 1 ano. Ainda mamava (bom isso durou, mas uma coisa de cada vez), não dormia e nem falava. Eu estava namorando a possibilidade de ter um segundo bebê, mas era pq o marido queria… Na verdade quando meu filho fez um ano eu estava no meu menor peso da vida, 30 anos com o peso que tinha aos 15. Meu cérebro tinha virado um mingau, pela falta de sono e excesso de cansaço. Eu não vivia, eu mal e mal sobrevivi. Foi o ano mais exaustivo da minha vida, e deixou marcas. Eu tinha então 30 anos, um filho bebê, uma vida perfeita. Tinha comprado um apartamento, e deixado ele lindo. Tinha viajado pra Europa, pros Estados Unidos, tava com grana. Fiz a bariátrica e fiquei magra. Casada com um homem perfeito, e completamente apaixonada. Mas 2 coisas já pareciam estranhas: eu já dava sinais de insatisfação emocional; e

Era um garoto que como eu Amava os Beatles e os Rolling Stones

Ela era uma menina inteligente, esperta, até gentil. Não era genial, nem a mais desenrolada. Tinha problemas de temperamento, um humor difícil. Mas era uma boa menina.  Ela podia tudo. Ela teve tudo. Passou pela vida tendo muitas oportunidades e poucos desafios. Deram na mão dela todas as ferramentas necessárias: saúde, educação, suporte emocional. Era só não fazer uma merda muito grande.  Bom, nenhuma grande merda foi feita. Juro! Erros sim, claro. Que não os comete? Mas nenhum erro grotesco, nenhum tropeço assim tão relevante. Ela estudou, conheceu gente, visitou lugares. Leu, assistiu. Se encheu de conhecimentos bons. Nunca foi a melhor, nem queria. Era só não falhar. Tava tudo bem.  Mas inexplicavelmente, mesmo com um caminho tão sedimentado e frutífero, mesmo tendo o cuidado de não fazer nada grave que pudesse estragar tudo, ela simplesmente não conseguiu dar certo. Passou a vida se iludindo de que seu momento ia chegar. O que ela não sabia é que não havia garantias.  E deu errado

25 anos de terapia e continua doida

Estava eu curtindo uma terrível crise existencial, imersa em pensamentos ligeiramente negativos demais, considerando que toda a minha vida se trata apenas de uma grande piada (e eu sou a palhaça). Pois bem AINDA ASSIM achando q a vida é uma foda mal dada de 5 minutos, estava eu angustiada de soterrar os meus 7,5 leitores de Twitter nas minhas lamentações de menina mimada (menina ONDE, eu vou fazer 40). Aí eu me lembrei. Como uma corrente elétrica eu me lembrei q já tive blogs. E entrei. E percebi que este aqui está em silêncio há mais de 10 anos.  Ou seja: achei meu lugar.  Ninguém vai ler. Ninguém acompanha. Não vou chatear ninguém. E tenho dez anos de escolhas ruins pra dividir.  Faz 25 anos que eu estou em terapia. Na verdade mais, porém eu gosto da estética de dizer “eu faço terapia há 25 anos, sabia?”  E eu continuo com as mesmas questões. Exatamente as mesmas. Experimentaras de formas diferentes claro. Mas é a mesma merda. Eu sofro CONSCIENTEMENTE há 25 anos. E hoje por acaso eu