A Estrada

Não é que eu goste de parecer amarga.

Eu simplesmente sei que sou.

Minha última analista (a antes da atual) um belo dia olhou pra mim rindo e disse “isso é recalque” e eu fiquei ofendida uns 2 dias até descobrir que existia o conceito freudiano de recalque.

E ela tinha razão, inclusive se vc procurar numa enciclopédia vai estar assim mesmo com minha fotinho do lado “uma experiência traumática ou uma percepção que o ego resiste em aceitar para si é reprimida para o inconsciente, sem que o sujeito tenha clareza de que houve esta repressão”

No caso claro que estamos falando da parte da percepção, eu não tenho um histórico traumático de verdade. 

Mas independente da não existência de traumas propriamente ditos a questão é que de alguma forma viver tudo que eu vivi, na ordem que eu vivi, e sendo eu quem eu sou, fez com que eu acumulasse comprimidos de amargura. E eu me vi tomando pela manhã há tanto tempo que ficou assim mesmo. 

Já diria a grande filósofa da contemporaneidade, Márcia Sensitiva “você não pode desejar aquilo que você não pode ter! para de ser doida!”


Você não sabe o quanto eu caminheiPra chegar até aquiPercorri milhas e milhas antes de dormirEu nem cochilei






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